Mostrando postagens com marcador Escrita terapêutica. Mostrar todas as postagens

20 de jan. de 2019

Para o teu percurso, eu te desejo um guarda-roupas...

Nenhum comentário :
Há 14 anos saí de casa para morar noutra cidade há muitos km do castelo original: pode ser pouco para alguns, muito para outros, e é significativo para mim. A minha mudança resumia-se a uma mala tamanho muito grande com roupas, acessórios, produtos de higiene, caderninhos, canetas e livros, muitos livros. Além da mala, a estrutura de ferro desmontada da cama que eu tinha desde a infância, na cor rosa. Só alguns meses depois comprei um guarda-roupas, pequeno, duas portas, mas funcional e possível, na época. Foi emocionalmente organizador, conduzir outros movimentos que me fizeram construir a sensação de estar (mexer na mala todos os dias, fazia parecer ainda não ter chegado, em trânsito). Montar a cama, arrumar "as coisas" que eu nomeava como minhas e estabelecer espaço para cada uma delas, que não mais a mala de viagem, foi potente, afinal eu não estava mais viajando, eu tinha chegado. 

A reflexão é para compartilhar que há sempre uma mala na bagagem do outro que você convive, que você conversa e, vez em quando, é bom que alguém possa nos lembrar sobre isto. Eu também sou lembrada através das leituras, conversas e, por vezes, confusões na vida. Agora estou aqui para compartilhar e por isso, te desejo um guarda-roupas (simbólico ou real, se necessário). Que guarde memórias de superação para te lembrar que há percurso, e doses de reencontro com você mesmo, independente de mudar as roupas ou acessórios a cada estação. Eu te desejo um guarda-roupas ou caixas organizadoras para se conectar com o teu potencial de permitir apenas tudo aquilo que te traz alegria. 

| Assistir a série 'Ordem na casa' - @mariekondo, também me inspirou, então, fica a dica. |
Leia mais

25 de mai. de 2018

Manual de instruções para um bom coração

Nenhum comentário :

Para ler e re-lembrar.
Para compartilhar.
Para se permitir um outro olhar.
Pra vida.

*

Como se vê, quando se olha?
Como produz atenção e cuidado para consigo mesmo (a)? 


Como percebe e reconhece os sinais do seu corpo/mente?



Como tem feito as pausas necessárias?

Como está o reconhecimento e atenção às próprias emoções? 


Como anda o sentimento de otimismo diante da vida?



Como está lidando com as mudanças?
Leia mais

4 de fev. de 2018

Nenhum comentário :


Acordo, alguns dias bem mais cedo e me preparo. Escrevendo tomo consciência do que faço, mas na prática, já virou hábito e eu nem sempre percebo. Confiro as horas, a roupa, a mente; agenda, caneta, carimbo, algum livro necessário. Talvez umas orelhas bemmm grandes fossem úteis - pra ouvir melhor, sabe... Sigo para o consultório. Vez por outra vou caminhando, observando a rotina ao meu redor e vendo, ouvindo, sentindo, que todos nós estamos buscando algo que nos preencha significativamente. Talvez por estarmos sempre apressados e pouco observarmos sem julgar, estejamos ser humaninhos tão complicados... 

Chego. Entro. Ponho a chave para abrir o armário e por dentro também vira um chave em mim, que abre espaços para as histórias que vou ouvir. Os medos, anseios, possibilidades, incertezas, novas informações, insistências, desistências, corda bamba, superação, vidas reais. No meio de tudo, há, por vezes, alguém que não queria estar ali. Mas eu preciso estar para este alguém. E estar consciente de que o meu fazer refaz o outro ou, o contrário, se não houver cuidado. 

Essa história de que "a psicologia me escolheu", não encaixa nas minhas questões. Fui eu mesma que escolhi, sério. E escolhi porque ainda quero traduzir pessoas. Escolhi porque queria desatar nós, organizar coisas - e pessoas - apesar de ser necessário estranhamento antes de pôr em ordem. Por vezes, há também que se perceber - e aceitar - umas desordens necessárias. Talvez eu tenha sido bruxa, cigana, leitora de mãos, de bola de cristal, encantadora de cobras, em outros tempos por aí. Vai ver que sim.

Então, perdoa a bagunça que há por dentro e permita-se atravessá-la. Aqui, há espaço e ouvidos para histórias (e bagunças) de qualquer comprimento.

Leia mais

15 de jan. de 2018

Escuta. Você escuta?

Nenhum comentário :

A moça foi ao café de sempre, ou, talvez, de sempre que possível. A atendente pergunta: "o de sempre querida?" A conversa deveria continuar com a sua escolha do pedido, mas além de pedir ela costurou uma história  que era importante sobre a falta de saúde de alguém. A atendende então sentou à sua frente. E escutou. Fez duas ou três perguntas pontuais. Ouviu atentamente a história. Uma história que talvez fosse a primeira do dia, mas com certeza não seria a última. E só após ouvir anotou o que deveria pedir.

Achei bonito. Uma atitude de cuidado. Que a gente também encontre pessoas que nos ouçam, sem demasiada pressa. Que nós também sejamos àqueles que escutam, mesmo quando a história não é sobre nós.
Leia mais

20 de ago. de 2017

Diário de Escrita Terapêutica

Nenhum comentário :

Somos uma tríade imperfeita (eu - o outro - o mundo) que busca ajustar-se às inúmeras demandas: o que eu quero, o que o outro espera, o que o mundo exige. É intenso, por isto, precisamos insistir na escuta da própria voz, que deve ter o maior peso neste caminho que estamos trilhando. A escrita faz, tantas vezes, esta função de autocuidado, facilitando o cultivo de uma relação mais clara com as nossas emoções.

Eu recordo que desde comecei a escrever, escrevi: diário, registros soltos, redações na escola, rimas, poesia, cartões de aniversário, mensagens de natal para a família. A partir da inspiração em minha trajetória de vida, criei o Ebook Diário de Escrita Terapêutica, que apesar de conter a minha marca pessoal enquanto autora, é aberto para te acolher e faz um convite a cada página, para que o transforme em algo seu e reconheça a sua própria história até aqui, com seus jeitos e suas cores.

VANTAGENS


O Ebook Diário de Escrita Terapêutica, é um produto digital e você pode utilizá-lo através das mais diversas plataformas, desde seu smartphone, computador de mesa e notebook. Se preferir, pode imprimir todo o material ou escolher o tema, dentre os 15 exercícios, de acordo com o seu interesse. Leve-o com carinho para seu lugar preferido e permita um tempo especial e mágico para vivenciá-lo, afinal de contas, é sobre fazer as pazes com o seu precioso autocuidado.



📖🖋️ Para uso pessoal ou profissional.

➡️ O Ebook pode ser adquirido via email, em PDF (R$ 35,00 pronto para imprimir). 

➡️ O pagamento pode ser realizado através de transferência, enviando o comprovante para mayarapsicologia@hotmail.com. Em seguida, farei o envio.

Adquira o seu e me conta com está sendo a sua experiência!

Mayara Almeida
Leia mais

9 de ago. de 2017

Sobre dias de escuta e afeto.

Nenhum comentário :
Há um dia na semana, quando atendo noutra cidade, que, após o último atendimento da manhã, sento próximo ao portão de entrada, observo as pessoas, cumprimento e espero para almoçar. Há dias, mais de um, que desejamos algum cuidado e alguém que nos olhe de forma mais atenciosa, sem pressa e com afeto. Você concorda? 

Ele passou caminhando, do outro lado do portão, com seu facão guardado na parte traseira do short, e eu sorri em sinal de cumprimento:
- Bom dia fia!
- Bom dia!
Parou, mesmo sob o sol quente e inicou:
- Eu tô com o corpo todo muído.
- E o que foi? (Levantei e me aproximei do portão para conversar melhor).
- Deve ser o movimento das coisa que eu faço.
- Precisa descansar também, pra melhorar.
Chega o seu neto de cinco anos e me diz que foi pra escola (é um hábito entre nós, pois sempre falo que estudar também pode ser muito legal e é importante).
- Ah que ótimo! E o que mais você fez de bom?
O avô interrompe: - Pergunte pra onde ele vai.
E Eu: - Você vai pra onde?
- Vou pegar os bicho.
- Ai meu Deus! E se os bichos te pegarem? (Damos risada).
- Pega não.
Completa o avô: - Ele é macho, já tira leite e corta os mato.
- Muito bem! Você o ajuda, isso é bom! E faz carinho também? Ele disse que está dodói. Cafuné ajuda a melhorar, sabia? (Coloquei a mão entre a grade do portão e acariei a cabeça da criança, que sorria). Ele, parado sob o sol, em posição lateral, esperando o neto e com um sorriso de canto, satisfeito, talvez, por esquecer a dor por alguns minutos e ganhar um afago no coração). 
Leia mais

6 de ago. de 2017

O que você faria?

Nenhum comentário :

Gosto muito de escrever ao ar livre. Entre as paredes do apartamento, as ideias parecem se prender e limitar. Mesmo que eu abra as janelas, as portas, nem sempre vem. Hoje decidi ir ao um café no bairro, onde vejo árvores e o vento é cliente certo. Estava disposta a exercitar a escrita terapêutica - aquela que é expressa sem rastreamento prévio do pré-consciente e ainda levei um livro, para inspiração de um projeto futuro. Cheguei no local, coloquei meu café, alguns acompanhamentos e sentei numa mesa para dois, mas eu estava sozinha. E antes de poder aproveitar este momento: 

- Tem alguém com vc?
- Não.
- Então, licença. Fulano, pega uma cadeira, vem.

Geralmente quando isto acontece, eu me apresso para finalizar e sair, mas hoje não. Resolvi ficar e perceber, observar, enquanto aproveitava o meu café. Fazia o contrário, a minha "companhia" na mesa:

- Vou terminar de comer e não chega o suco. Aff, é açúcar mascavo. Eu falo mesmo. Não invente de comprar celular que não presta. Segura aqui a nota pra não voar.

Ja terminei o meu café e estou aqui, na frente deles, escrevendo no celular, enquanto discutem sobre o peixe que ela queria comprar, o celular dele que está descarregando, a bolsa dela que ficou no carro e a pamonha que, na opinião dela, está requentada. Ainda tentei ajudar, oferecendo uma colher para misturar melhor o açúcar e um sorrisinho, para adoçar as tantas informações agitadas. 

Estou aqui escrevendo no ato. E enquanto penso em levantar e ir - agora eles já foram - reflito sobre as inúmeras vezes em que não aproveitamos os momentos, estando apressados e irritados com o que não foi vivido ou controlado por nós. Eu tentei, apesar de tudo, aproveitar e não seguir o fluxo da pressa ou da insatisfação por ter os meus desejos de café com silêncio interrompidos. Parece que há sempre uma escolha interna, não é? E ainda, ganhei uma história pra contar...

• Instagram: @psimayaralmeida •
Use as hastags: #escritaterapeutica #escreverpararespirar #autocuidado #propositodevida #desenvolvimentopessoal
Leia mais

23 de mar. de 2017

More sozinho, mas não vá muito longe...

Um comentário :

Outro dia, conversando com um jovem recém chegado nesta que chamamos de vida adulta, ouvi um relato incomodado por ainda estar morando com a família; queria liberdade e privacidade; queria lavar a louça a qualquer hora ou nem lavar e não se preocupar com a roupa suja. Claro, sei que em inúmeras famílias as relações são delicadas e estar longe é até mais saudável, mas aqui, refiro-me ao desejado lugar comum onde as pessoas se respeitam. Sobre o jovem, ele disse que eu não sabia o que era difícil porque não morava mais na casa da família. Sim, não mais, porém, já estive neste lugar.

E todos nós já desejamos - em segredo - o desaparecimento momentâneo de alguns membros da família... Até que sentimos saudades e nem sempre assumimos. Sim, é bem verdade que esta saudade mobiliza-se quando percebemos que o café não se faz sozinho, a louça não é descartável e, portanto, precisa ser lavada para que você possa servir um alimento agradável num prato que não vai se rasgar... E a roupa - isso é mesmo triste - precisa ser limpa semanalmente e, algumas vezes, até costurada (tragédia para quem usa camisa de botões). Quem fará isto, senão, você mesmo ou serviços terceirizados, quando não se tem um familiar que se importa com você por perto? Custa tempo e dinheiro, nem sempre sobrando.

Sair de casa e a vida será perfeita: uma cilada. A distância nem sempre permite encontros trimestrais, quiçá mensais, pois há horário para chegar e partir. A vida adulta nos engaiola; compromissos, tempos de urgência, planos e prazos; a louça, a roupa, os botões, a alimentação... Crescer e amadurecer nos exige equilíbrio, que é aprendizado diário e, portanto, precisamos da família para estabelecer e estabilizar nossos excessos. 

Sim, sugiro que você saia de casa, assim que for possível e saudável: estudo, trabalho, casamento... É muito bom construir a própria rotina. Mas aqui vai a cereja do bolo: não se afaste demais: 50 metros é suficiente; ok, 100 metros no máximo. Afinal, não há contra-indicações para bons afetos... E claro, é sempre bem-vindo, um apoio humano na tão sonhada rotina independente. 

PS: Tem uma louça suja e indesejada me encarando e eu fiz a unha pra tentar adiar... Quem nunca? Hahaaa.

Leia mais

8 de mar. de 2017

E se, no mundo, só existissem mulheres?

9 comentários :

No dia internacional da mulher, escrevo para todos, pois acredito que um entendimento positivo precisa alcançar pessoas, independente de gênero. 

Num dia onde nós, mulheres, receberemos elogios, flores, mensagens e ações diversas, gostaria de conversar sobre um mundo sem homens. Mas por que? Porque ouço e percebo que há uma grande voz social atuando com exclusões de gênero desnecessárias - considerando as minhas reflexões sobre o assunto. Ser mulher não significa afastar outras pessoas (neste caso, homens) pois a nossa vida, por vezes é um slickline (modalidade esportiva na qual o objetivo é a manutenção do equilíbrio sobre fitas amarradas em árvores) e daí, a necessidade de vivermos em 

Perguntei à alguns homens e mulheres: "O que acha de um mundo sem homens?". Eis as respostas:

●"Um mundo com mais companheirismo entre as mulheres, menos competição e valorização de si mesmas pelo próprio feminino... Porém, não seria o mundo ideal, pois o ideal são os gêneros diferentes estão em equilíbrio". [Mulher]

●"Como também sou homem, creio que a minha existência seria reprimida e jamais iria existir alguém como eu para uma mulher amar e ser amada, sendo assim seria uma vida vazia para ela e sempre iria estar sentindo a falta de algo, eu!". [Homem]

●"Acho que fica menos plural, menos cortês e elegante. Menos romântico e atraente. Com menos gente, menos cor e diversidade". [Mulher]

●"Mesmo com os avanços contemporâneos em que dispomos do incremento das máquinas e a tecnologia da internet das coisas, acredito não ser inteligente um mundo sem homens, da mesma maneira, sem mulheres. Cada qual exercendo seu papel complementa associando ao outro nas missões que lhes cabem. Acredito ainda, que resta equilibrar com serenidade as relações afim de encontrarmos um estado maior de vibrações possíveis à melhor relação dos seres como pessoas, para um salto ao mundo moral necessário à caminho da luz [...] Um mundo onde pessoas se amem sem rótulos ou diferenças. Para isso precisamos de mulheres e homens". [Homen]

●"Acredito  em uma sociedade sem gêneros - permeadas por valores como : caráter (integridade) física, mental e espiritual. Não há espaço para gênero". [Homen]

●"Inviável". [Homem]

●"Seria um mundo que logo se tornaria sem perspectivas e sem graça alguma, pois  a mulher não conseguiria viver sem ter os momentos de alegrias que nós homens companheiros proporcionamos, tanto no  lado  pessoal e profissional e também não teriam as dores de cabeças que alguns homens causam. Enfim, homens e mulheres se completam". [Homem]

●"Na verdade, nunca pensei sobre isso.. talvez pq imagino um mundo onde todos podemos ser quem quisermos; onde homens e mulheres possam viver e conviver com suas diferenças, sem que isso seja um problema". [Mulher]

●"Seria desestimulante. Saber que não poderia ter os olhos que nos admira, o sorriso que nos encanta e os abraços que nos conforta, daria um certo tédio. Sobreviver, com certeza, conseguiríamos, mas que graça teria ter tudo, sem ter um parceiro, um irmão, um tio, um pai...". [Mulher]

Estas respostas, me levaram a uma unidade nas reflexões: pessoas que não se conhecem ou não têm convivência, sao de gêneros diferentes e desejam um mundo equilibrado, pois temos sede de caminhar ao lado, não atrás ou à frente. Não um mundo igual, mas com disponibilidade para ressignificar as diferenças. É, falta agora assumirmos isto e não alimentar uma autosuficiência que não se sustenta de maneira saudável. Queremos pessoas do bem e para o bem. Homem ou mulher, que sejam humanos, enfim! Pois a questão não parece ser o gênero em si, mas as escolhas que fazemos, todos nós. O que você anda escolhendo defender por aí? [Esta reflexão é profunda, e não pretendo encerrá-lá por aqui, apenas te convido a refletir, se você se permitir].

PS: Agradecimento especial ao amigo que me inspirou o  texto, ao parceiro que tem compartilhado a vida comigo e às pessoas que se dispuseram a parar um pouco a vida corrida, pensar e escrever sobre o assunto solicitado. Ah! E feliz vida às mulheres! Lembrando que o futuro é unisex. 

Leia mais

9 de jul. de 2016

O objeto como fim de "escutoterapia". (In)suficiente?

Nenhum comentário :


Quem já adquiriu algum objeto para uso de lazer ou trabalho e, após não tê-lo mais, foi acometido por uma sensação de perda, num nível intenso porque parecia ter significado de relação humana?

Esses dias, um amigo foi furtado e relatou o quanto a perda daqueles objetos havia sido significativa, mas de um jeito ruim. Por trabalhar em locais diferentes, precisa viajar bastante e dentro do carro, numa mala, estão os itens de vida diária necessários e o som do veículo, que tantas vezes, foi a sua companhia, nos percussos para casa-trabalho: sensação foi de perda concreta de uma companhia. Ilustro com este exemplo para convidar a refletir sobre as relações imaginárias que criamos com as "coisas" ao nosso redor. O som que me faz companhia, a poltrona que me acalenta, o travesseiro que me ouve, o celular que me faz parecer útil. Nossas relações com seres inanimados tomando configuração de afeto. Algo que pode vir a barrar-encobrir-ameaçar a nossa necessidade de interações essencialmente humanas: pessoa-pessoa.

Fiquemos atentos: vão-se os anéis, ficam-se os dedos. E novos desejos serão (re)feitos. 
Leia mais

6 de jul. de 2016

O afeto e um distanciamento inconsciente

Nenhum comentário :

Ônibus não-lotado. Alguns pares de cadeiras vazias. Algumas pessoas em assentos sozinhas. Onde você escolhe sentar? Do lado de alguém ou numa cadeira do par vazio? 

Na maior parte das vezes, nós - e sim, eu me incluo - escolhemos sentar sozinhos, cadeira vazia ao lado e, não é incomum, ainda desejarmos que ninguém escolha ocupar aquele outro lugar. 

Apesar de sermos gerados por pessoas, convivermos com pessoas e basicamente, existirmos para interação com pessoas, passamos muito tempo ao lado de coisas, "interagindo" com objetos, afastando a afetividade humana do nosso dia-a-dia. 

É saudável estarmos atentos à este afastamento, por vezes, inconsciente e que nos distancia da "substância" mais essencial da vida: o afeto. 

Mayara Almeida 
Psicóloga - CRP 13/5938
Leia mais

27 de jun. de 2016

Quem é a sua inspiração humana?

Nenhum comentário :

Você já pensou quem são os seus bons exemplos? Sim, quem são as pessoas que você admira ou que, de alguma forma, te inspiram a pensar e fazer o bem?

Não falo de grandes nomes e/ou personalidades que marcaram a humanidade, mas pergunto sobre pessoas comuns que fazem sentido no seu dia-a-dia.

Já pensou como é importante ter alguém por perto que cause encantamento e emane disposição afetiva para que possamos ser melhores? E se você também for assim? Invista no bem. Seja a inspiração de alguém.

Mayara Almeida
Psicóloga - CRP 13/5938
Leia mais

13 de jun. de 2016

Sim, felicidade também cansa.

Nenhum comentário :

Não sei qual a interpretação que você fez a partir do título, que é a primeira chamada sobre o texto, mas se está a ler aqui, provavelmente algo te deixou atento para que continuasse. Pois bem, quero dividir uma reflexão sobre o estado felicidade. Sim, também cansa. Mas você se perguntar: "como pode cansar se é algo bom?". Faz muito sentido, porém, a ideia que trago é que a felicidade exige de nós investimento. É preciso organizar o tempo, os afazeres diários, sair da zona de conforto, encarar a ilusão que foi ou está sendo construída sobre o outro ou a situação. Vivenciar limites, lidar com frustrações e aprender a fazer uso do sentimento mais primário de todos: o amor. E reavivar a relação com o seu próprio espelho mágico, sobre as questões intrínsecas que noutro momento não apareceriam, se não fosse a busca e o encontro com a possibilidade de felicidade. 

Um relacionamento amoroso, por exemplo, é uma ótima ilustração para compreender que a felicidade cansa. É muito bom estar junto e compartilhar sentimentos, mas é um exercício constante de cultivo e cuidado. E depois de um dia incrível ao lado da sua melhor companhia, depois de você mesma, a primeira coisa que deseja fazer é dormir. Porque a felicidade também cansa meus queridos... Mas de um jeito diferente e necessário para a vida humana. 

Mayara Almeida
Psicóloga - CRP 13/5938
Leia mais

27 de mar. de 2016

Pausas necessárias

Nenhum comentário :

Dia desses assisti à uma palestra onde o moço no palco apresentava traços de cansaço físico e mental: ombros curvados, falas entrecortadas e um recado para os que esculpiram a interpretação: não sou exemplo. Não quero aqui dizer que não é permitido demonstrar cansaço ou indisposição, mas sim, reconhecer os limites pessoais e refletir que tempo de qualidade gera boas ideias, enquanto quantidade de horas não é receita de sucesso.

[...] "um estudo recente apontou que a produção média por pessoa em uma semana de 40 horas é de uma hora e meia por dia apenas! Quer dizer, somos estressados e ineficazes..."

As coisas começam a dar mais certo quando você se concentra na sua zona de habilidades. Não é egoísmo ou deixar tudo para trás, mas reservar tempo agradável para fazer aquilo que te mantém conectado consigo mesmo. Corremos tanto... Mas isto não faz o nosso dia maior, porém, cansativo. Há muito a ser vivido de maneira mais leve, mesmo dentro desse turbilhão de coisas a fazer.

O corpo pede calma e os dias pedem delicadezas. Lembre-se de relaxar e ter experiências leves de descanso. Mente e corpo agradecem.

Mayara Almeida
Psicóloga - CRP 13/5938
Leia mais

23 de mar. de 2016

Coelhinho da páscoa que trazes pra mim?

Nenhum comentário :
Esta semana me disseram: "O Coelho da Páscoa não põe ovos..." Sério?  

Bom, eu já sabia, claro, mas o fato de alguém ter pronunciado concretamente, ficou registrado na memória como uma recordação da magia inconsciente. Pois é: parece que sair para a caça de ovos tem sido brincadeira de gente grande, afinal existe uma busca, uma caça pelo ovo mais legal para a criança. Não é assim? 

É importante que saibamos marcar bem a história da fantasia até que possamos lidar com a verdade e nossa estrutura disponha de capacidade para crescer. Assim deveriam ser os adultos, pois muitos de nós, ainda dão trabalho no quesito mundo da imaginação e exigem que as crianças, mesmo sem querer, sigam com os rituais que já não têm significado simbólico. 

Portanto, se o coelhinho não fizer mais sentido por aí, para a sua criança, repense se não é você que ainda precisa acreditar. Se for, bom... Sério? 

E o coelho responde: "Não trago nada. Não ponho ovos e comprar está fora do orçamento. Boa Páscoa mesmo assim!"

Mayara Almeida
Psicóloga - CRP 13/5938

Leia mais

27 de dez. de 2015

Motivos pra continuar.

Nenhum comentário :
“Às vezes, eu acredito em seis coisas impossíveis antes do café da manhã.
Um: há uma porção para te encolher.
Dois: um bolo que pode te fazer crescer.
Três: animais que podem falar.
Quatro: gatos que podem desaparecer.
Cinco: um lugar chamado país da maravilhas.
Seis: Eu posso...”.
[Alice no País das Maravilhas]

Em quantas coisas impossíveis você acredita para viver? Quais os motivos que te fazem continuar? Mesmo quando tudo parece difícil, recorrer ao que faz sentido e acalenta é um ótimo antídoto para levantar e seguir. 

As minhas melhores coisas eu desejo pra você. Milkshake. Borboletas no estômago. Sorriso com covinhas. Cheiro de perfume doce. Pessoas pontuais. Plástico bolha. Praia. Pão de queijo. Olhar o mar. Abraço carinhoso. Beijo na testa. Dedicatória. Voz e violão. Beijo de amor. Massagem nos pés. Chocolate ouro branco. Foto no pôr do sol. Torta de chocolate. Elogio. Presente. Sorvete. Clips. Saudade correspondida. Reencontro. Promoção. Bloquinho de anotações. Romance. Nos livros e na vida. Arco-íris. Flores. Leituras. Aparador de sonhos. Bons sonhos. Canetas. Sorvete. Saúde. No corpo e na alma.

Compartilho aqui, meus aprendizados.

1. Crescer, muitas vezes, significa se sentir sozinho.

2. Ajudar os outros te faz melhorar como pessoa.

3. Insistir naquilo que você acredita, pode te trazer um pouco de dor de cabeça e decepção, mas é extremamente necessário. Continue.

4. Gaste o dinheiro que você ganha com experiências, não com coisas materiais. Mas saiba que muitas pessoas vão tentar te convencer do contrário; aprenda a não deixar-se afetar. 

5. Aprenda a escolher as suas batalhas. Existem coisas pelas quais não vale a pena enfrentar uma guerra interna.

6. Escreva! Escrever cura. Coloque no papel os seus próximos passos, suas tarefas importantes, possíveis soluções, sentimentos. Assim, você permite que sua mente respire e libera espaço para a próxima dica.

7. Permita-se descansar e, acredite, se você não escolhe descansar, o seu corpo escolherá por você e, geralmente, não é de uma forma saudável.

8. Sinta o que é preciso e possível, fazer por si mesmo, agora. Pratique o autocuidado.

9. Não desista. Encontre seus motivos pra continuar, pois haverá sempre alguém se inspirando em você. Sempre! 

Leia mais

6 de dez. de 2015

Carta ao bom velhinho... (sempre é tempo)

Nenhum comentário :
Querido (e tão desacreditado) Papai Noel:

Este, foi um ano difícil, emocionalmente. Por outro lado, também foi um ano de crescimento profissional e aprendizados. Talvez a minha resiliência sendo testada e encontrando - que alívio - espaço para superação. Por isto escrevo para pedir. Não fui uma boa menina o ano inteiro, eu sei, mas insisto. Eu gostaria de ganhar uma "acreditadeira do bem". Sabe, uma caixinha dessas que você descansa o olhar e já começa a acreditar em algo bom? Não sabe? Eu também não, mas estou tentando, tudo bem? Imagina só: uma caixa bem colorida e brilhosa, dessas que você tem por aí (sim, eu sei que tem - fui num shopping outro dia e havia um protótipo da sua marcenaria)... Então, dentro da caixinha viria uma energia tão intensa que transforma aquilo que não se acredita em algo acreditável, tipo você. As pessoas estão duras, e tudo aquilo que se aproxima da leveza, incita raiva e indelicadeza. Contradição. É preciso enviar coloridices e mais magia para esta realidade. Se me enviar, prometo disseminar. E, veja só, na falta da possibilidade de realização do meu desejo, envie-me um caderninho, farei dele mais um espaço para registrar e compartilhar o bem.

Até breve! 

Mayara Almeida ☆
Leia mais

26 de jul. de 2015

Maneiras de cuidar de VOCÊ.

Nenhum comentário :
Abaixo cuidados diários que você pode sim, se permitir experimentar. Eu afirmo que funciona porque quando estamos implicados em atitudes positivas, nossa mente e corpo reagem com doses de disposição para promoção do bem-estar.

■Cultive o pensamento positivo: avalie os bons aspectos da sua vida, valorizando-os. Ao mesmo tempo, considere o que você poderia aprimorar ou modificar para se fortalecer. 


■Confie em si mesmo: caso esteja sentindo dificuldade em seus relacionamentos ou trabalho, busque auxílio de um psicoterapeuta. 


■Observe quais sentimentos e pensamentos o levam à insegurança. 


■Faça uma lista de suas qualidades e seus pontos fortes. Trata-se de um ótimo exercício para encher o copo da autoestima. Escreva e, fixe num lugar visível. 


■Seja flexível consigo mesmo e não exija além dos próprios limites.

Vamos encaixar no nosso dia-a-dia o cuidado consigo mesmo. Só faz bem!

Mayara Almeida
mayarapsicologia@hotmail.com

Leia mais

17 de jul. de 2015

Autorize-se!

Nenhum comentário :

Faço algumas (ou muitas) coisas ao mesmo tempo. Vivo tendo ideias para melhorar o que já faço e buscando inspirações. Vez ou outra, as pessoas comentam: você não pára? Ou, como consegue? Mas aí vem a parte importantíssima: eu também canso, me autorizo "paradas saudáveis" e ajustes que me permitem um resultado satisfatório.

  • Respeitar a si mesmo
Se você marcou um compromisso às 8h da manhã, precisa estar lá. Mas percebe que acordou ainda indisposto e com muito sono? Da próxima vez, marque noutro horário. Descubra seus limites e respeite-os.

  • Fazer o que é possível
Sabe quando pensamos em muitas coisas fantásticas e partimos para ação? Então, a ideia é questionar se aquilo se encaixa na vida e rotina atual sem prejuízos ao que já funciona.

  • Dizer não
Se percebe que exagerou, volte atrás e reorganize as ideias. Diga não para o que não cabe no momento e siga em frente, consciente de que é a melhor opção.

  • Pedir ajuda
Se realmente precisar, peça ajuda. Todos precisamos dividir e delegar funções no dia-a-dia para dar conta das responsabilidades.

  • Ver menos impedimentos e mais desafios
Se algo não der certo (e o mundo gira, portanto, isto pode acontecer com todos) observe bem se a situação está mesmo finalizada ou se, vendo por outro angulo há saída. Geralmente, há sim, outras ótimas opções.


Autorize-se a colocar em prática tudo aquilo que te ajuda a ser quem você quer. 
Sigamos juntos!

Leia mais

28 de jun. de 2015

Quando a tristeza chegar.

Nenhum comentário :

Ah, a tristeza! Inevitável desde de... Sempre. E se chegar, deixe ela entrar, pois é sempre correspondente de sinais e sintomas sobre a nossa vida. Ela não chega para tirar férias eternas, mas exige devida atenção para que sua partida ao lugar tão, tão distante, possa acontecer. A minha sugestão é: tenha um quarto de hóspedes, assim, interno. Desta forma, quando ela chegar, não ficará misturada com os demais sentimentos, confundindo você e a sua casa, de dentro. Mas lembre-se, tristeza é de casa, vai e vem quando bem entender. Não rotule a vida com um único sentimento; há uma teia tecida em cada um de nós, e todas as emoções são parte do equilíbrio enigmático do nosso ser.

Psicóloga Mayara Almeida
mayarapsicologia@hotmail.com

Leia mais