18 de jul. de 2016
Precisamos falar sobre Limites
Dias desses, no shopping, surpreendo-me ao ouvir uma mãe irritada, falar em alto e bom som:
- Vou te colocar na OLX, vai ser o jeito.
- Nãaao mãe (a criação reage, chorando e gritando ainda mais, pois deve ter feito uma associação desagradável com o olx e a venda de si mesmo).
Olhei e senti uma imensa vontade de me aproximar e dizer: "mãe, seu filho é uma pessoa, não uma coisa. Pessoas não devem ser vendidas". Mas não seria adequado, então não o fiz. Não é a primeira vez que vejo cenas assim e sinto um enorme desejo de desfazer o nó que está sendo dado. Mas sei que não é assim que as coisas se resolvem, por isto fiquei refletindo sobre a tênue linha entre as correções e os limites das mesmas.
Para falar sobre limites infantis, é preciso repensar os nossos próprios limites. Sim, os limites dos adultos. Quais são os seus? Quais os limites que se permite ou proíbe diante daquilo que acredita? É preciso pensar sobre a nossa disposição diante dos cuidados impostos à criança. E ouví-la. Se você não ouve as crianças, você as perde.
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