13 de nov. de 2015
Mudar de escola, eis a questão.
Escola. Este lugar de afetos circulantes e aprendizados diversos para os pequenos. Costumo pensar que é importante e justo, informar-se sobre a filosofia da escola, principalmente sobre o investimento na saúde emocional das crianças, pois é a base para os aprendizados seguintes, de palavras aos números. Antes de saber contar, é preciso saber sentir. Antes de saber escrever, é preciso iniciar o saber reconhecer as emoções. E a escola também é este lugar, que acolhe a criança em seu desenvolvimento além do burocrático.
Mas e a idade para o letramento, qual é? Depende do que os responsáveis desejam integrar àquele mundo infantil e muito dos limites da criança. Padronizar e responder à sociedade é tão perigoso quanto entregar um objeto pequeno à uma criança na fase oral. As consequências existem e podem entalar concreta e subjetivamente.
Buscando evitar esses conflitos, a minha postura é: não compare, não esforce-se para padronizar antes da hora. Criança, brinca, e aprende brincando também. A seriedade pode ser introduzida de acordo com as limitações de cada uma delas para não construirmos uma geração de marionetes que vão para a escola antes do tempo individual e maturacional necessário, pondo-se a decorar com desgosto um aprendizado que pode ser indigesto porque não fluiu.
A questão não é apenas fazer o gosto da criança, mas observar, sentir, se é mesmo necessária está cobrança gigantesca de saber ler e escrever antes mesmo de saber sentir, e "esgotar" a fase lúdica tão rica em aprendizados para toda a vida.
Deseja trocar seu filho de escola? Reflita primeiro se o desejo é meramente social ou se será saudável para a criança, considerando que irá iniciar todos os laços afetivos novamente. Ou será que ela ainda pode e deve ser leve, levada, ser criança?
Psicóloga Mayara Almeida
CRP 13/5838
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