27 de jul. de 2015
Tecnologia e Subjetividade
O uso de dispositivos tecnológicos com acesso à internet, tem sido comum para aproximações nos relacionamentos sejam de amizade ou amorosos. Um lugar que cabe no blso ou num canto da sala de casa, nos faz sentir que o outro está sempre ali ou que estamos acompanhados virtualmente.
Outro dia, conversei com alguém que brincou: "Relacionamentos amorosos, só no facebook". E fiquei sabendo que apesar do riso, existua um certo desejo de que fosse possível não ter que fazer esforços para construir um relacionamento real. O que significa este tipo de ideia? De que forma atitudes semelhantes interferem na subjetividade nos sujeitos?
Ter uma conversa com alguém na presença física da pessoa, toma um tempo que não nos permite uma apresentação controlada e na conversa escrita, parcela-se a atenção, o contato e acredita-se "proteger" daquilo que teme acontecer. O relacionamento ideal não existe nem no virtual, exatamente por ser ideal, visto que é imaginado, sonhado por este que deseja aquilo que não existe ou que não pode vir-a-ser.
Por outro lado, é possível sim, chegar a acordos e equilíbrios nas relações, utilizando a tecnologia como apoio diante de imprevistos ou necessidades (viagens ou relacionamento à distância).
É certo que cada relação pode abrigar aspectos diversos e aqui, não foram citados, mas também percebo que muito pode-se investigar acerca dos comportamentos vinculados ao uso da tecnologia e relacionamentos: Desejo de estar sempre acompanhado ou receio de ser, no real, abandonado? Controle sobre quem fica e sobre quem vai? Sigo curiosa, muito mais do que escolhendo o que é melhor ou pior.
Mayara Almeida
mayarapsicologia@hotmail.com
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