16 de jun. de 2013
Qual é a da felicidade?
Todos nós temos
opiniões sobre o assunto: senso comum ou cientificamente, “cada um sabe a dor e
a delícia de ser o que é”. Ah felicidade, te fizeram um lugar, mas eu ando,
ando e não chego lá. Terra do nunca, ou o que será? Um desafio te encontrar,
parece que não sei bem procurar. Olha, está lá. Não, é só o vento querendo
brincar. Anda, ali. Não, é só o tempo querendo partir.
Os
dias estão passando e eu preciso saber de ti, que me visita e vai embora, num
jogo de ir e vir. Mas como tu és inquieta, criança ansiosa demais, cansou de
agradar este lado, começa, segue e desfaz. Tua brincadeira desgasta, e eu bem
sei que não é por mau que faz. Mas vê só felicidade, senta aqui do meu lado,
escuta: veja lá como faz, nem todos se divertem com esse teu leva e traz.
Tu
és um mistério no mundo, todos tentam te explicar. Mário Quintana te achou bem
simples, Freud fez questão de complicar; Shakespeare te viu poesia, Lispector
te consumia. Gandhi disse ser caminho o que para Jabor é calmaria. Mas qual é a
tua dona moça, devo ir ou te esperar? Seguir o meu coração ou parar? O Aurélio
tenta ajudar com uma definição: êxito, sucesso, satisfação. Mas pensando bem
felicidade, talvez tu não sejas um lugar ou sinal, mas algo individual, que vai
ganhando um certo espaço, dia após dia; ponho cor e boto laço, e por puro
investimento permanece neste passo.
A
felicidade é uma experiência, medida pelo encantamento que provoca em nós.
Começa aí, começa aqui. Talvez cultivando um jardim no coração, a gente entenda.
“Alea
jacta est.” (A sorte está lançada).
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Muito bem pautado sua observação May. Por vezes nos entreolhamos com o intuito de encontrar o apuro da felicidade, o seu elo derradeiro. Mas é algo que vai além, que se oculta no menos óbvio. Felicidade contagia porque mora na essência da nossa alma, praticamente escondida. É despertada pelas experiências singelas. É a arte de um encontro que fazemos com a nossa vida. É vivência. Uma sensação que se nutre da nossa capacidade de ir e vir, esperançosos. Para ser clichê, é paz de espírito.
ResponderExcluirBeijo!